segunda-feira, 29 de agosto de 2011

PWC 2012 - Será voado com parapentes Seriais

         

    Em nota oficial a organização do PWC divulga que a final de 2011 no México e todas as etapas de PWC de 2012 serão disputadas com velas homologadas. Em 2012 o conselho fará nova reunião, de modo a definir essa situação. Tendo em vista as mudanças ocorridas no cenário internacional, aguardamos pela manifestação dos organizadores dos campeonatos nacionais. 


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Decolando em competições


Nesse texto vou tratar do momento da decolagem em voos de competição, as informações que antecedem esse momento estão disponíveis no texto 1, leia também o texto sobre segurança, pois é o ponto inicial de onde devem partir todos os voos.
Ao posicionar-se na rampa com o seu parapente para a decolagem mantenha o foco no vento, ou seja, na direção do vento em relação à rampa, em possíveis termais que possam lhe colocar numa altura confortável para o início da prova, preferencialmente na base de alguma nuvem e a outros pilotos que após decolarem servirão com indicadores. Nesse caso tenha em mente o planeio do seu parapente, reparem na distância, altura e classe do parapente que deseja seguir nessa termal, se a termal se desprende logo na frente da rampa esses cálculos podem ser minimizados e a sua chance de subir é muito maior, se o termal se apresenta mais distante da rampa utilize as variáveis citadas anteriormente a seu favor, para evitar cair numa descendente onde o seu velame vai afundar muito mais que o outro e quando chegar onde queria o termal já se deslocou e só lhe resta o pouso logo no início do voo. A altura da rampa também influencia no nível da sua avaliação para a decolagem, rampas muito altas como Castelo, por exemplo, permitem uma recuperação caso tenha realizado uma avaliação térmica errada na decolagem, entretanto a rampa de São Lourenço e outras rampas com menor desnível são muito exigentes quanto ao momento da decolagem.  
Uma boa avaliação do momento ideal para a decolagem numa competição envolve vários fatores, como experiência, conhecimento do local, conhecimentos meteorológicos, observação e outros, desta forma fica difícil exemplificar ou explicar ao competidor iniciante qual momento é o ideal para a decolagem numa competição, entretanto vou levantar situações visando auxiliar a compreensão de alguns fatores que podem ser úteis. Vou desconsiderar o dia clássico onde as térmicas apresentam razão de subida de forte a moderada, pouco intervaladas e vento de frente na rampa com intensidade de sustentação, onde a decolagem deverá ser o mais cedo possível, para lhe permitir um bom posicionamento no início da prova. Imagine-se em uma rampa baixa, vento de 5 km/h (fraco), termais com intervalos mais alongados e urubus agrupados numa mesma faixa de altura girando e subindo muito pouco, desconfie! A disposição dos urubus numa termal diz muita coisa, no caso anterior significa termal de pouca potência e bolhas pequenas, não é uma máxima para todo o dia, mas desconfie. Quando as aves se apresentam na térmica em forma de cone, bem separadas até a base e subindo bem é um excelente indicador. No caso proposto, adote uma postura bem mais conservadora e crítica para a decolagem, caso não exista nenhum indicativo visível uma boa dica é observar a biruta da rampa, pois a térmica ao se aproximar da rampa muitas vezes produz uma barreira para o vento que é obrigado a desviar, fazendo a biruta cair. Caso alguns competidores decolem nessa condição e consigam subir pouco mais que a altura da rampa, o fator que você deve observar é o intervalo das térmicas, se conseguem manter essa altura passando de uma térmica para a outra, considere decolar, pois em algum momento uma bolha de maior potência poderá se soltar levando o vôo para um nível mais elevado e mais velas voando nas proximidades da rampa vai acelerar a identificação desse termal. Dentro do possível evite afastar-se muito do relevo da rampa, normalmente as rampas são criadas em locais de bom potencial térmico e a barlavento, ou seja, grande quantidade de térmicas ou se desprendem próximo da rampa ou são trazidas pelo vento, desta forma não desperdice altura se deslocando para uma térmica afastada da rampa, aguarde o vento trazê-la até você e decole procurando atingi-la por cima ou no centro, nunca por baixo. 

Alexandre Malcher